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Discurso Sobre a Origem e os Fundamentos da Desigualdade Entre os Homens

Primeira parte. Rousseau concebe na espécie humana duas espécies de desigualdade. A primeira que ele chamaria de natural ou física, pois, segundo ele é estabelecida pela natureza e implicaria na diferença de idade, força do corpo, saúde e das qualidade de espírito ou da alma. A segunda ele chamaria de desigualdade moral ou politica que tem como base os privilégios que alguns usufruem em prejuízo dos outros, como uns serem mais ricos, mais poderosos, e até mesmo em fazer outros obedece-los. Rousseau busca explicar a lei natural. Para isso ele começa refletindo sobre como deveria ser o homem natural, como era o homem antes mesmo da razão. Como era o homem como animal, sem pensamento lógico com todas as desvantagens que tinha sob os outros animais, mas que ainda sim conseguiu chegar onde esta hoje. Mas ao mesmo tempo sem o subjugar, imaginando ele andando sobre as quatro patas e todo peludo exatamente como um animal. Para Rousseau, o homem se difere dos outros animais em aspectos interessantíssimos Em um certo momento do texto ele diz: “...supo-lo-ei desde sempre com a mesma conformação com que o vejo hoje, andando sobre os dois pés, servindo-se das mãos como fazemos com as nossas, levando o olhar a natureza e medindo com os olhos a vasta extensão do céu.” E continua: “...vejo um animal menos forte do que alguns, menos ágil do que outros, mas, afinal de contas, organizado maus vantajosamente do que todos.” Para ele, cada espécie tinha seus instintos mas já o homem não tinha nenhum talvez. Com seu pensamento, ele observa os demais animais, e pega um pouco de cada, apropriando-se assim, de todos os instintos existentes alimentando-se da maioria dos alimentos que os outros animais dividem entre si. As pessoas estão acostumadas a pensar no homem animal como um ser fraco, que fugiria ao primeiro barulhinho estranho que ouvisse, pensam em um animal indefeso e