feudalismo-capitalismo

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A publicação de A Evolução do Capitalismo (DOBB, 1977) deu origem a uma acirrada controvérsia sobre a transição do feudalismo ao capitalismo. A crítica de Paul Sweezy às concepções de Dobb culminaram no famoso "debate sobre a transição", realizado em 54 e reproduzido no livro Do Feudalismo ao Capitalismo (SWEEZY, et. al, 1978). O eixo básico da teoria sobre a transição proposta por Sweezy é o recrudescimento do comércio mediterrâneo encarado como o fator decisivo na dissolução do feudalismo e na consolidação da produção capitalista Dobb, por outro lado, procura a raiz do declínio feudal em outro ponto: na crescente necessidade de novas fontes de receita por parte da nobreza, disto decorrendo a intensificação da exploração sobre os produtores diretos e o consequente colapso do feudalismo via luta de classes. Em linhas gerais, todas as demais teorias desenvolvidas no campo marxista nos anos 50 gravitavam em torno destas duas hipóteses. Durante a década de 60 alguns historiadores, preocupados em superar a "perspectiva mercantil", i.é, a perspectiva inspirada em Sweezy, que toma a expansão do mercado como base para explicar a transição ao capitalismo, propuseram uma teoria alternativa que levava em conta as flutuações demográficas ocorridas ao longo da Idade Média (sobretudo os colapsos populacionais localizados nos séculos XIV e XVII). M. M. Postan e Emanuel Le Roy Ladurie são considerados os principais defensores desta nova perspectiva, denominada como "perspectiva demográfica ou neomalthusiana". No início dos anos 70, Robert Brenner escreve um incisivo artigo onde demonstra a existência de uma raiz comum unindo a "perspectiva mercantil" e sua suposta rival, a "perspectiva demográfica". Com base nesta aproximação, faz uma poderosa crítica a ambas interpretações, gerando uma nova polêmica, que passou a ser conhecida como "O Debate Brenner". Neste novo debate, a polêmica Dobb-Sweezy ressurge, e as questões discutidas inicialmente nos anos 50 são reinterpretadas em um

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