Fetichismo na Teoria Marxista

2728 palavras 11 páginas
Fetichismo na Teoria Marxista: um comentário

RESUMO – Este artigo consiste num comentário didático, com base na visão de Isaak I. Rubin, sobre o papel do fetichismo no pensamento de Karl Marx. O fetichismo é identificado como elemento central para a distinção, localizada no campo do método, entre a economia política inglesa e o marxismo.
Palavras-chave: marxismo – teoria do valor – fetichismo.

INTRODUÇÃO

a tentativa de explicar a economia mercantil capitalista, Karl
Marx adota abordagem bastante distinta da utilizada pela
Economia liberal clássica. Enquanto a economia política inglesa parte da realidade mercantil como um dado, e passa a explicar seu funcionamento com base na lei da oferta e da procura, Marx se lança na busca de algo que possa explicar o porquê do surgimento e da consolidação do mercado como forma predominante de provisão e distribuição de riquezas. A teoria do fetichismo pode ser tomada como um elemento central na diferenciação dos enfoques marxista e liberal clássico, pois sua aceitação ou rejeição é algo definido no âmbito do método da ciência econômica. O presente artigo é uma tentativa de mostrar isto, partindo de umas poucas citações de Marx, da contribuição de Rubin e de ilações em torno de alguns conceitos tradicionais do marxismo. A pretensão aqui é meramente didático-pedagógica: o objetivo é apenas levantar questões para a reflexão. Daí a apresentação em tópicos pouco extensos, visando facilitar a demarcação de aspectos relevantes para o objetivo de diferenciação das abordagens.

TEORIA DO FETICHISMO:
MAIS DO QUE UM APÊNDICE À TEORIA DO VALOR
Um fetiche é um ídolo, um amuleto, algo enfeitiçado, que tem poderes inexplicáveis, de origens misteriosas. A mercadoria assim parece a Marx, com base no fato de que ela reflete aos homens as características sociais do seu próprio trabalho como características objetivas dos próprios produtos de trabalho, como propriedades naturais sociais dessas coisas e, por isso, também

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