Festivais durante a ditadura militar
Eram transmitidos por algumas emissoras de televisão brasileira (TV Excelsior, TV Record, TV Rio, Rede Globo), e no local das apresentações, contava com um grande público que se manifestava ora com vaias ora com aplausos ou em um coro de milhares de vozes, cantando junto com os artistas, além de banda instrumental e um júri responsável pela decisão final.
Em 1965, a vencedora do primeiro festival foi Elis Regina com a música Arrastão. Os festivais foram reunindo os melhores grupos de cantores, como Edu Lobo, Chico Buarque, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Geraldo Vandré e outros notáveis artistas.
Com a promulgação do Ato Institucional número 5 (AI – 5) no ano de 1968, o governo militar assume sua face mais dura e repressiva, no qual cantores são exilados, músicas censuradas, e há a criação da Divisão de Censura de Diversões Públicas (DCDP), para censurar a arte e suas vertentes.
Em 1972 a presidente do júri, Nara Leão, foi substituída por ordem do exército, outros demitidos e assim, os festivais acabaram perdendo a sua viabilidade mediante a repressão.
Jovens compositores deste período representam até hoje a linha de frente da música popular brasileira. E os festivais se tornaram uma dos poucos espaços de expressão política quando a sociedade civil e o Congresso estavam amordaçados. E acabaram tendo uma importância que foi muito além da música.