Ferrovias

A malha ferroviária Brasileira atinge hoje cerca de 29 mil quilômetros de extensão,enquanto que observamos uma queda em comparação a década de 50, quando chegamos a ter 37 mil quilômetros. Essa perda significativa se deu quando o Estado não conseguiu acompanhar com os investimentos necessários para a expansão e a manutenção da malha já existente ocasionando assim o sucateamento das vias que hoje sua maior parte está privatizada. Segundo dados da Agencia Nacional de Transportes Terrestres, o setor ferroviário representa 21% do transporte de carga do Brasil, sendo que 54% do transportes de bens escoam por rodovias e pesquisa realizada pela EMBRAPA mostram que utilização das ferrovias possibilitaria uma redução de perdas no transporte das produções agricolas, além de melhores condições de transporte e de tempo, gerando assim uma economia que iria refletir até no preço repassado ao consumidor.
Mesmo tendo uma grande parte das vias pertencentes ao setor privado, existem esforços voltados para a implantação de recursos que viabilizam o transporte de cargas pesadas para o escoamento das produções interagindo diretamente com o porto, porém o que impede que isso ocorra mais rapidamente é que esses investimentos não são baixos, devendo haver comprometimento do setor privado e a intervenção do Estado.
A solução dos atuais gargalos existentes na infraestrutura de transporte está ligado a execução de projetos de expansão da malha ferroviária, porém deve ser pensado também que para um bom funcionamento do sistema devem ser desenvolvidas soluções que evitem futuros gargalos.
Segundo o Tribunal de Contas da União a infraestrutura de transporte é a apontada como o principal obstáculo para o desenvolvimento do país, a instituição afirma que a infraestrutura de transporte é de grande importância para que o sistema logístico seja eficiente e dinâmico, possibilitando ganhos de competitividade da produção nacional e maior dinamismo econômico.