Felizmente há luar! (resumos)

Felizmente Há Luar! (teatro Brecht, drama narrativo, carácter épico)
Publicada em 1961 por Luís de Sttau Monteiro e adaptada para teatro pelo próprio, dividida em dois actos (o primeiro sendo a estrutura externa onde se planeia a morte de Gomes Freire; o segundo sendo a estrutura interna onde se põe em prática o plano do acto I);
Esta obra tem como cenário o ambiente político dos inícios do século XIX. Em 1817 foi iniciada uma conspiração encabeçada por Gomes Freire de Andrade na qual se pretendia o regresso do rei D. João VI do Brasil, manifestando-se assim contrária à presença inglesa. A descoberta deste facto foi reprimida com muita severidade: os conspiradores (acusados de traição à pátria) foram queimados publicamente;
Demonstra claramente a censura e a falta de liberdade de acção, pensamento e expressão que se viveu nestes tempos.
O objectivo do autor era levar a sociedade a tomar consciência da realidade em que se vivia na altura ao assistirem a peça.

Tempo da peça (século XIX – 1817)
Tempo da escrita (Século XX – anos 60)
Invasões francesas (desde 1807): rei no Brasil
Época conturbada em 1961: guerras, greves, movimentos, oposição política, etc.
Ajuda pedida aos Ingleses (Beresford)
Situação política, social e económica de desagrado geral
Regime Absolutista
Regime ditatorial salazarista: desigualdade entre ricos e pobres; povo reprimido e explorado; miséria; medo; analfabetismo
Má situação económica em Portugal
Luta contra o regime totalitário e ditatorial
Poder britânico em Portugal
Perseguições da PIDE
Primeiros movimentos liberais (1817), com conspiração abortada de Gomes Freire
Censura total
Denúncia de Vicente, Andrade Corvo e Morais Sarmento, os “bufos"
25 de Maio de 1817 – prisão de Gomes Freire; 18 de Outubro de 1817 – enforcado
Grande dualidade de conceitos entre os dois tempos: Gomes Freire é Humberto Delgado (que foi executado); os governadores são o regime salazarista; Vicente e os delatores são os “bufos”; os homens