Felicidade

É necessário considerar que a felicidade é extremamente almejada pela sociedade. Isso é afirmado, pois os brasileiros cada dia mais direcionam suas vidas à procura dessa sensação de plenitude. Tendo como base o dicionário da língua portuguesa entende-se felicidade como: “Característica ou condição de feliz; sensação real de satisfação plena.” Aplicando-se a definição supracitada e as características emocionais e essenciais do ser humano, torna-se evidente a incoerência na busca por essa condição. O homem como ser pensante versátil, embora num estado de êxtase, tende em seu subconsciente, a tentar resolver problemas ou encontrar maneiras de evitá-los. O debate interno é constate, o instinto de sobrevivência leva a isso -acabar ou prevenir toda e qualquer ameaça- e elas sempre existirão. Logo, a satisfação plena nunca é alcançada. Revendo os argumentos anteriores, o que chama-se de felicidade, é, na verdade, um bem estar passageiro entendido por: alegria. Desta maneira, mudar hábitos de vida, buscar outros pontos de vistas acerca da realidade e dedicar-se à momentos prazerosos, embora façam com que essa boa sensação se estabeleça por mais tempo, não são capazes de fazê-la única e inibidora de todos os demais sentimentos e pensamentos, não tornando-a, portanto, felicidade. Por conseguinte, faz-se elementar um menor estímulo social, midiático e político acerca desse tema, evitando utilizá-lo como modo de promoção ou mobilização populacional. Não satisfatório, nesse caso, torna-se oportuno uma reflexão individual baseando-se na ideia de que a não satisfação com a alegria, pelo objetivo maior que é a felicidade, gera um afastamento crescente da plenitude que deseja-se alcançar.