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TEXTO 1 ­ SERTANISMO (Negros da Terra ­ John Manuel Monteiro) O sertanismo
A penetração dos bandeirantes no sertão sempre girou em torno da necessidade crônica de mão de obra indígena para tocar os empreendimentos agrícolas dos paulistas
. Até 1640, os paulistas supriam suas necessidades com grandes levas de cativos guaranis.
Entre 1591 e 1601, D Francisco de Sousa, governador geral, dedicou­se com afinco à busca de metais preciosos devidamente estimulados pela lenda tupiniquim de
Itaberaba­açu. Os exploradores chegaram a descobrir minas de ferro próximas à vila paulistana. Se o projeto de minas fracassou, o de crescimento da lavoura comercial foi estimulado e, por outro, o de apresamento da mão de obra indígena atingiu proporções nunca dantes verificadas.
O escambo realizado com tribos indígenas do interior existia para servir aos interesses imediatos dos portugueses, frequentemente executado com a ideia cínica de que os amigos de hoje podem tornar­se os escravos de amanhã.
A aguardente de cana servia pra amolecer e corromper a moral das tribos
.
O porto de Patos serviu de entreposto no circuito do cativo guarani. O trafico marítimo de guaranis chegou a ser estimulado pelas autoridades regias em acordo com os colonos de S
Vicente, Santos e Rio de Janeiro.
A principio os paulistas mostravam preferencia por cativas mulheres e crianças
. Isto reflete a divisão sexual de trabalho presente em muitas sociedades indígenas onde mulheres e crianças executavam as funções ligadas ao plantio e a colheita. Os cativos adultos masculinos eram destinados ao transporte de cargas e a participação em expedições de apresamento. A destruição do Guairá
Tanto os povoadores do Paraguai quanto os paulistas disputavam o acesso à mão de obra neste território que separava os extremos dos respectivos impérios ibéricos. Entretanto, nenhum dos dois lados mostrava­se interessado na ocupação efetiva do lugar, desejando apenas fazer cativos guarani e evitando

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