Feb I
2014
FACULDADE MORAES JUNIOR/MACKENZIE-RIO
CURSO DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS
PROFESORA GLÓRIA MORAES
Eldeane Soares da Silva
Jaciara Balbino Brandão
Matheus Valladares
FORMAÇÃO ECONÔMICA DO BRASIL I
RIO DE JANEIRO-RJ
2014
1. A proclamação da República deixa patente a necessidade de ampliação do mercado interno e a expansão da mão de obra assalariada no Brasil. Os fluxos migratórios cada vez mais serão determinantes para o aumento da produtividade da cafeicultura. Na obra de Furtado a questão da mão de obra escrava e da mão de obra assalariada é fundamental para entendermos a sociedade brasileira. Explique como o autor na parte IV de seu livro enuncia e diagnostica a questão. FURTADO, Celso. Formação Econômica do Brasil, 32ª ed. São Paulo: Cia. Editora Nacional, 2003.·.
R: Influenciado pelas ideias keynesianas, particularmente na sua versão latino-americana desenvolvida no interior da Comissão Econômica para a América Latina (CEPAL), Celso Furtado se concentra no estudo da economia agrário-exportadora para mostrar como a orientação para o mercado externo baseada no trabalho escravo foi prejudicial e atrasou o desenvolvimento econômico brasileiro:
a) a produção extensiva de gêneros agrícolas, possibilitada pela abundância de terras e pelo fornecimento de mão de obra escrava, emperrou o progresso técnico-agrícola;
b) o direcionamento para o mercado externo, somado à escassa renda monetária que só seria ampliada no século XIX com o surgimento do trabalho assalariado, impossibilitava o desenvolvimento de um mercado interno que imprimiria uma dinâmica própria à economia colonial, por meio dos mecanismos multiplicadores de renda presentes nas economias de mercado.
Além desses fatores, esta conjuntura econômica instável e precária, baseada na monocultura para exportação, na grande propriedade rural e no trabalho escravo gerou uma