Família comtemporânea

667 palavras 3 páginas
Resenha: A Construção da Família Contemporânea
Por: Tatiana Vasconcelos Cordeiro

Na virada do séc. XIX para o séc. XX, mudanças sociais e políticas acontecem alterando a estrutura familiar até então conhecida. A casa antes vista como cenário que abrigava o trabalho dos que nela moravam, transformava-se em local de refúgio para a família nuclear (pai, mãe, filho), sendo local de convivência privada. A rua assume local de espaço público, de trabalho e da indústria; onde se realizavam negócios e onde se transitava com objetivos comerciais. A família passa a se basear cada vez mais seus laços e alianças em sentimentos como amor, paixão e desejo, fechando em torno de si mesma, esquecendo a antiga prática de união com objetivos políticos. Esta mudança também é significativa para as crianças antes vista como, pequenos adultos sem grande valor por conta das altas taxas de natalidade e mortalidade; A troca afetiva entre os parceiros e o amor entre pais e filhos passa a ser o centro da família. Nesse sentido, como diria Mizhari “... o cuidado infantil torna-se um dos organizadores do sentimento moderno de família.”
A família cabia acolher, amar, cuidar, tranqüilizar, mas também preparar para o trabalho e para a vida e manter a harmonia nuclear, sendo difíceis estas tarefas, com isso inicia-se a crise na família, temendo não suprir estas tarefas. Essa crise passou por vários estágios, mas em nenhum momento a família deixou de ser importante para a socialização e o desenvolvimento do sujeito. Segundo Lasch, este autor chama atenção para o fato de que nas sociedades americanas existia (ou ainda existe?) uma divisão, uma cisão entre afeto e autoridade, na medida em que os pais querem ser responsáveis apenas pelos bons momentos dos filhos. Os pais não querem ser vistos como caretas, repressores, chatos, autoritários, que fazem os filhos pagar “mico”, ao repreender ou corrigir seus filhos, afinal uma educação saudável também impõem respeito e limites. E quando não o fazem

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