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MANIFESTAES POPULARES MANIFESTAES POPULARES INTRODUO Desde a redemocratizao do pas, na dcada de 1980, o Brasil no passava por to grande mobilizao social nas ruas de suas cidades. Milhares de pessoas se juntaram em protestos de rua, mais tarde chamados de protestos de junho, que deixaram governos, oposies, analistas, imprensa e demais atores polticos atordoados, sem saber causas e conseqncias de tais mobilizaes. Ainda hoje no se sabe exatamente o que causou as manifestaes nem sempre pacficas- e o que querem os manifestantes, compostos dos mais diversos grupos organizados e no organizados e talvez essa seja a maior marca das manifestaes de junho, a grande diversidade de reivindicaes e opinies a ponto de no se ter um foco e um objetivo claro para os atos de protestos. DESENVOLVIMENTO 2.1 Contextos das manifestaes A chamada participao popular tem sido substituda pelo conceito de sociedade civil, seja na mdia, na boca dos especialistas das mais diversas reas e at no imaginrio da populao, cada vez mais influenciado pela rapidez e diversidade de informaes e comunicaes possibilitadas pela revoluo digital de quase trs dcadas atrs. Tentando definir o conceito de sociedade civil como A Sociedade Civil um conjunto de instituies e associaes que so suficientemente fortes para evitar a tirania, mas que no entanto so permeveis para a livre entrada e sada pelos indivduos, em vez de impostas pela nascena ou mantidas por algum ritual assombroso (...) (Gellner, 1995), pode-se observar a sociedade civil como organizaes e instituies cvicas voluntrias em torno de interesses, propsitos e valores, que abraa a diversidade de espaos, atores e formas institucionais mas sempre em contraponto ao institucionalismo do Estado, contra o poder ditatorial e absoluto apoiadas pela fora estatal. No faz mais sentido pensar em mobilizaes sociais como luta de classes como a da tica marxista. O contexto das