Falta de ética em uma grande empresa
Em 1988, uma das maiores empresas de cosméticos do mundo, contratou uma pequena empresa de software, para desenvolver o software de controle de estoque pela quantia de US$ 600.000. Em outubro de 1990, o vice-presidente de desenvolvimento de software da empresa contratante, tentou romper o contrato alegando que o sistema tinha ficado "aquém das expectativas" Neste ponto, a empresa contratante devia a prestadora de serviço US$ 180.000, mas não quis pagar até que o trabalho referente à primeira fase do contrato estivesse completo.
O presidente da prestadora de serviço acusou os outros sistemas da empresa por qualquer defeito de funcionamento do sistema de estoque e reclamou o pagamento. A empresa contratante recusou. As 02h30min da manhã do dia 16 de outubro de 1990, o pessoal de sistemas da empresa contratante relatou uma queda generalizada no sistema de estoque. Um fax da prestadora de serviço, no dia seguinte, relatou que a empresa tinha desabilitado o software na última noite, mas com todos os cuidados para não corromper nenhum dado.
O fax dizia ainda que se a empresa contratante usasse ou tentasse restaurar o software de propriedade da prestadora de serviço a veria uma possibilidade real de perda dos dados, pela qual a prestadora não se responsabilizaria. O fax terminava dizendo que, quando e se um acordo fosse encontrado referente a pagamentos atrasados, o sistema poderia ser restabelecido em poucas horas.
Durante os próximos 3 dias, as vendas dos dois centros de distribuição afetados foram interrompidas, resultando na perda de milhões de dólares, e na dispensa temporária de centenas de trabalhadores. O sistema foi restaurado pela prestadora de serviço no dia 19. No dia 22 de outubro a empresa contratante entrou judicialmente contra a prestadora de serviço acusando-a de interferência em relações contratuais, transgressão, rouba de segredos comerciais, quebra de