Falicida Platao

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No grego antigo, várias palavras traduziam distintos aspectos da felicidade. A principal delas era eudaimonia, derivada dos termos eu ("bem-disposto") e daimon ("poder divino"). Trata-se da felicidade entendida como um bem ou poder concebido pelos deuses.

Subentendia-se que, para mantê-la, a pessoa deveria conduzir sua vida de tal maneira a não se indispor com as divindades, para o que era preciso sabedoria.
Mesmo assim, ainda corria o risco de perder esse bem ou poder se os deuses assim o desejassem, por qualquer motivo arbitrário.
Isso significa que a felicidade era tida como uma espécie de fortuna ou acaso - enfim, um bem instalável que dependia tanto da conduta pessoal, como da boa vontade divina.
Platão (427-347 a.C.) - era considerado por boa parte dos estudiosos o primeiro grande filósofo ocidental, juntamente com seu mestre, Sócrates - foi um dos principais pensadores gregos a se lançar contra essa instabilidade, em busca de uma felicidade estável, postura que caracterizará de forma marcante a ética eudemonista grega.
Noentendimento de Platão, o mundo material - aquele que percebemos pelos cinco sentidos - é enganoso. Nele tudo é instável e por meio dele não pode haver felicidade.
Por isso, o caminho da felicidade é o do abandono das ilusões dos sentidos em direção ao mundo das idéias, até alcançar o conhecimento supremo da realidade, correspondente à idéia do bem
Platão propunha duas práticas:
Ginástica - atividade física por meio da qual a pessoa dominaria as inclinações negativas do corpo; e
Dialética - método de dialogar (praticado por Sócrates) pelo qual se ascenderia progressivamente do mundo sensível (que ele considerava verdadeiro), onde se encontram as idéias perfeitas (que correspondem ao máximo grau de conhecimento e à realidade verdadeira).

Por meio dessas práticas - especialmente da dialética - a alma humana penetraria o mundo inteligível, conhecido com mundo das idéias, e se elevaria sucessivamente mediante a contemplação das idéias

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