Fahrenheit 451 Análise Crítica

747 palavras 3 páginas
Em um futuro indeterminado, a história fictícia do livro Fahrenheit 451 de Ray Bradbury, contextualizada com um cenário do mundo pós guerra no qual foi escrito, trás uma crítica fantástica sobre a forma autoritária de governar típica de um modelo de Estado totalitarista. A opressão sofrida por uma sociedade dominada pelo poder do Estado e que vive em condições de alienação direta exercida pelos meios de comunicação, onde relações sociais são vistas como algo supérfluo, são pontos tratados e criticados na obra.
É possível identificar claramente questões atuais tratadas no livro e contextualizadas com a narrativa fictícia do autor. A alienação social e política de uma sociedade que não possui liberdade intelectual e é altamente censurada e oprimida, em que a televisão representa um meio de comunicação de massa e uma ferramenta ideológica do Estado. Na narrativa, os bombeiros representam um agente repressor ao exercerem uma função de queimar qualquer tipo de material impresso, que no contexto é posto como algo que leva infelicidade às pessoas.
A obra de ficção associa-se a um mundo imaginário dos textos ficcionais, caracterizando-se por aspectos que fogem à lógica do mundo real e se afastando de uma representação mimética da realidade; todavia, Fahrenheit 451 não deixa de apresentar fortes traços realistas. A verossimilhança é encontrada em uma coerência interna da obra e se sustenta em características de ficção, como a utilização de um tempo futuro. A criação de uma sociedade imaginária que modifica sentidos de uma sociedade contemporânea real é vista primeiramente no título do livro, que se refere em graus da escala de fahrenheit à temperatura em que os livros começam a queimar.
A narrativa central que se dá na função dos bombeiros, de encontrar e queimar livros, é tratada por alguns críticos como algo inspirado na destruição nazista (Seed, 1994: 236), sendo este um exemplo de mímese possível pela verossimilhança da narrativa. O sabujo mecânico também se

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