FAGUNDES E PONDE RESENHA DCMA

FAGUNDES, J.; PONDÉ, J. Barreiras à entrada e defesa da concorrência: notas introdutórias. Texto para discussão, n. 1, 1998.

1. CREDENCIAIS DOS AUTORES:
Jorge Fagundes é professor da Universidade Cândido Mendes.
João Luiz Pondé é professor do Instituto de Economia da UFRJ.

2. INTRODUÇÃO:

As práticas anticompetitivas que usam o poder de mercado para restringir a produção e aumentar preços podem influenciar nas barreiras de entrada. E a forte concorrência potencial pode impedir o poder de manipular as regras econômicas de mercado pelas empresas dominantes.
Os estudos de Joe Bain e Paolo Sylos-Labini nos anos cinquenta fundamentaram o paradigma ECD acerca dos fatores impactantes às barreiras à entrada de uma indústria, buscando sintetizar características da estrutura do mercando quanto ao seu desempenho utilizando uma variável escolhida, estes podem ser acordos subentendidos, domínio de preços ou ainda a prática de conluio, o que aumenta a lucratividade da empresa e causa prejuízos para o consumidor.
Por outro lado estas práticas podem, por meio de uma ostentação econômica, evidenciar a empresa fazendo com que o seu mercado de atuação seja atrativo a novos concorrentes, aumentando a concorrência potencial que enxerga uma boa oportunidade de negócio em um mercado amplo e um pequeno número de firmas dominantes. Pois as firmas existentes se cartelizam e não competem pelo preço de venda.
Sendo uma entrada, novos empreendimentos ou uma nova capacidade produtiva que venha ameaçar as empresas já existentes, podemos excluir dessa definição a aquisição de uma empresa ou linha de produção atuante por outra não atuante, a expansão ou alteração na utilização da produção, inserindo novos produtos, por uma firma já existente.
As barreiras à entrada tem uma estrutura estável e se modificam lentamente, não sendo alterada facilmente pelas novas firmas, haja vista, os seus fatores determinantes como a diferenciação de mercado, produtos que os consumidores adquirem por julgarem os