Fagundes varela

384 palavras 2 páginas
FAGUNDES VARELA
Fagundes Varela (1841-1875) foi um poeta brasileiro, pertencente à terceira geração de poetas românticos do Brasil. Sua poesia além de apresentar temas sociais e políticos, desenvolveu também temas sobre a natureza e temas que falam de angústia, solidão, melancolia e desengano. É patrono da cadeira nº 11 da Academia Brasileira de Letras.
Em 1859, mudou-se para São Paulo, onde concluiu os estudos preparatórios e, em 1861, publicou seu primeiro livro de poesias, Noturnas. Um ano mais tarde, concluiu seus estudos e tentou a carreira de advogado, contudo, nunca finalizou a faculdade. Casou-se com a artista circense Alice Guilhermina Luande, com quem teve um filho, chamado Emiliano.
Sempre inquieto e torturado, conseguia refúgio somente junto à Natureza, sua velha conhecida. Por esta razão, sua poesia - com fortes características românticas - expõe, em contraste, a contemplação da vida no campo e a vida na cidade, com seus vícios e, consequentemente, o aumento do sofrimento. Revela ainda uma fase de forte espírito religioso. Sua obra inclui: "Cantos Meridionais" (1869), "Cantos do Ermo e da Cidade" (1869), "Anchieta ou Evangelho na Selva" (1875), "Cantos Religiosos" (1878) e "Diário do Lázaro" (1880).
CÂNTICO DO CALVÁRIO
A obra-prima inquestionável de Fagundes Varela resulta da perda de seu filho, ainda pequenino. Trata-se de uma elegia* em versos brancos, capaz de comover até hoje, não apenas pela sinceridade do sofrimento paterno, mas também pela beleza dramática das metáforas que parecem antecipar a linguagem poética do Simbolismo. Observe-se a parte inicial de Cântico do Calvário:
Eras na vida a pomba predileta
Que sobre um mar de angústias conduzia
O ramo da esperança. - Eras a estrela
Que entre as névoas do inverno cintilava
Apontando o caminho ao pegureiro*.
Eras a messe* de um dourado estio*.
Eras o idílio* de um amor sublime.
Eras a glória, - a inspiração, - a pátria,
O porvir de teu pai! - Ah! no entanto,
Pomba, - varou-te a

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