Face s atrocidades da Segunda Guerra Mundial

Face às atrocidades da Segunda Guerra Mundial, houve a necessidade de se criar um conjunto de garantias para todos os seres humanos. Assim, a 10 de dezembro de 1948 nasceu a Declaração Universal dos Direitos do Homem. Este documento foi redigido por John Peters Humphrey, no entanto a sua estrutura final deve-se a René Samuel Cassin.
Trata-se de um documento jurídico onde estão agrupados um conjunto de direitos, liberdades e garantias para o ser humano. Um texto desta envergadura não é apenas uma força ideológica e política mas também jurídica para assegurar igualdades perante todos os cidadãos.
Esta declaração veio por um fim a certas ações praticadas contra a dignidade do ser humano, apesar que por mais que se tente a sua implementação é sempre difícil salvaguardar que os direitos sejam cumpridos. Na minha opinião o direito que é mais violado é o direito à vida. O artigo 3º afirma que “todo o individuo tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal” no entanto existem situações que não são contempladas por este mesmo direito. Estima-se que 6500 pessoas foram mortas em combate armado no Afeganistão em 2007, quase a metade delas foram mortes de civis não combatentes.
Ainda assim apesar de todas as circunstâncias, algumas coisas também mudaram para melhor. No período da Segunda Guerra Mundial, e já antes, a sociedade vivia a par com situações de tortura, escravidão e discriminação que nos dias de hoje são muitíssimo menos frequentes isto graças à união dos países que abraçaram a Declaração dos Direitos do Homem como um bem mais do que necessário.
Penso que o seu cumprimento é um processo muito lento, pois depende da consciencialização de toda população. Como vivemos numa sociedade muito heterogénea, com formação cultural muito diversa, não é fácil, porém somente através da consciencialização, aprendendo a escolher os mandatários do país, isso será possível.