Extratos fluidos
Como forma galênica, os extratos fluidos são das preparações melhor definidas, sendo todos obtidos por lixiviação (percolação) e todos apresentando uniformidade de potência, já que são ajustados de modo que 1 g ou 1 mL de extrato corresponda a 1 g droga seca. Quando porém,a droga seja rica em princípios dotados de alta potência farmacológica, o ajustamento é, em regra, feito em função da percentagem de princípios ativos, o que obriga à dosagem do extrato fluido (extratos fluidos titulados ou normalizados).
Todos os extratos fluidos contêm álcool, cuja concentração é variável e dependente da natureza da droga extraída. Em alguns casos, a extração pode ser conduzida por lixiviação aquosa, mas, mesmo nesses, o álcool é adicionado quer como depurador, quer como conservante.
Preparação de extratos fluidos
Como já foi dito, os extratos fluidos são sempre preparados por percolação, sendo o álcool o veículo mais empregado na extração. Assim, usam-se álcoois de 30°, 45°, 60°, 70° e 80°, sendo o álcool de 60° o que mais correntemente se utiliza. Como em casos análogos, a escolha da graduação do álcool faz-se em função dos princípios que se pretende extrair e dos materiais inertes ou indesejáveis que é necessário eliminar.
Algumas vezes, a ação dissolvente do álcool pode incrementar-se por meio de ácidos que se lhe associam, como o acético, o clorídrico, o tartárico o fórmico e o fosfórico, em regra por transformarem os alcalóides presentes nos respectivos sais. Em certos casos pode haver a necessidade de evitar oxidações de princípios frágeis, as quais sejam catalisadas por metais pesados, convindo, então, fazer-se a extração em presença de agentes quelantes, como os ácidos tartárico e cítrico, ou antioxidantes, como a vitamina C.
A lixiviação em meio aquoso tem, igualmente, sido empregue, mas, em regra, o