exposição

O quadro que mais me chamou atenção foi o “Composição cinética” do Ubi Bava, ele é feito apenas de pedaços de espelhos e de madeira pintada. Apesar de o quadro passar uma sensação de frieza por conta dos tons de azul, a ideia central dele é que cada pessoa veja a obra diferente toda vez que observa-la. De um modo indireto o espectador participa da composição da obra, quando é refletido pelos pedaços de espelho espalhados pelo quadro, que também estão distribuídos em angulações diferentes. Uma ideia muito criativa que com materiais simples e fáceis de encontrar, isso só aperta na tecla de que é possível se fazer arte com coisas bastante diferentes e distintas e que mesmo que parecem inúteis podem despertar uma interessante reflexão. “Homem, carreteis e pássaros” de Iberê Camargo, é o tipo do quadro em que o artista consegue transmitir um sentimento que ele está sentindo no momento, ou às vezes é o que ele quer você sinta quando olhe para sua obra. As cores escuras e a textura pastosa passam um ar de tristeza e melancolia. É impressionante sim como é possível expressar diversos estados emocionais apenas brincando com as cores, traços e texturas de uma pintura, e Iberê consegue fazer isso muito bem, mas pelo fato de ser uma pintura que me trás esses sentimentos “ruins” foi o que eu menos apreciei na exposição. A exposição Abstrações abre oportunidade tanto para alunos da universidade, como também ao público que se interessa por arte ou que é leigo no assunto, para que possam conhecer obras de pintores que se destacaram em vários movimentos artísticos. Vale ressaltar que a maioria das obras expostas são de artistas brasileiros, valorizando assim o trabalho deles.