Experimento de michelson-morley

Experimento de Michelson-Morley
No final do século XIX, a teoria ondulatória da luz exigia um meio chamado éter, cujas vibrações produziriam os fenômenos do calor e da luz. Como a luz também se propagava no vácuo entendia-se que o éter se estendia por todo o espaço, preenchendo o vácuo.
Como o éter era um meio hipotético, cuja existência nunca foi provada, em 1887 os cientistas Michelson e Morley realizaram, em Cleveland, uma experiência para verificar sua existência. No entanto, devido à enorme velocidade da luz, a detecção da presença e das propriedades do éter apresentava enormes dificuldades técnicas. Com isso Michelson e Morley construíram um aparelho denominado interferômetro, capaz de registrar variações de até frações de quilômetros por segundo da velocidade da luz. De acordo com a figura abaixo, o raio de luz enviado se divide em direção aos espelhos A e B, ao atingir o espelho semi-reflexivo volta posteriormente a unir-se no anteparo. Assim o raio de luz I faz a trajetória ABA, na direção da hipotética correnteza do éter, num intervalo de tempo Δt I, enquanto o raio II descreve, normalmente à velocidade do éter, a trajetória ACA, tal que AB = AC = L, num intervalo de tempo Δt II.

Michelson e Morley esperavam encontrar valores diferentes para os intervalos de tempo Δt I e Δt II, segundo cálculos teóricos previamente feitos. A diferença de tempo Δt = Δt I – Δt II deveria ser detectada pela análise da interferência dos feixes de luz no anteparo. Contudo, realizada a experiência, a conclusão foi perturbadora: não havia diferença entre os dois intervalos de tempo. Repetiram a experiência várias vezes, em épocas e condições técnicas diferentes, chegando sempre à mesma conclusão. Assim ficou demonstrado que nenhum efeito poderia ser atribuído ao éter.

Durante os 50 anos seguintes muitos físicos repetiam a experiência de Michelson-Morley com precisão e aprimoramento cada vez maiores na tentativa frustrada de encontrar algum erro naquela profética