Experiencia com escritas

A leitura chegou em minha vida antes mesmo de eu aprender a ler, com as orações que a minha família costumava ler coletivamente. Não recordo com certeza, mas devia ter entre quatro e cinco anos, ainda não estava na escola, mas pegava aquele livro preto e supostamente lia (minha fantasia infantil) por minutos seguidos a mesma página muita vezes de cabeça para baixo. Na escola conheci as letras, e depois as palavras que elas formavam juntas. Comecei a ler, e era interessante ser exemplo para os mais velhos, que não conheciam o texto da “oração” tão bem quanto uma criança de, seis ou sete anos, quanto orgulho para mim.
Mas demoraram de aparecer os contos fantásticos, as histórias coloridas que alegrariam a minha leitura, mas mesmo assim continuava a ler aquelas orações. Estudei em uma escola dirigida por freiras até a quarta série primária ( e em qual aspecto a experiência de estudar em colégios dirigido por freiras, colaborou para o despertar do interesse pela leitura?). No ginásio, em uma escola pública municipal, chegaram às minhas mãos os primeiros gibis, que beleza, leitura que me faria rir, mas por conta da demora deles chegarem até a mim, tornou-se mais interessante ler os gibis, que ler as aulas, e por vezes escondia-os dentro dos livros didáticos e ficava por horas “estudando os gibis”. Ficou confuso... o que demorou para chegar as suas mãos???? Os gibis, mas eles chegaram.
O hábito de escrever foi desenvolvido pela necessidade de desabafar. Ainda na adolescência , quando não havia outro alguém para compartilhar meus pensamentos e sentimentos em relação à vida, dividia os com os papéis e canetas, ou para fazer cartinhas a uma irmã que morava distante e era a minha confidente. O prazer pela leitura cresceu com noticiários, curiosidade, leituras dinâmicas que mostravam o sucesso para a vida (?), os livros de auto-ajuda. Quando comecei a “vida” profissional, descobri outro meio de aprendizado, e busca pelo conhecimento.
A escrita continua sendo uma