Expansão mercantil europeia

Expansão mercantil europeia

A época das Grandes Navegações e Descobrimentos é marcada, em termos estruturais, pela transição do feudalismo para o capitalismo. Apesar de o capitalismo só ter realmente assumido sua forma plena com a Revolução Industrial, desde o período em questão diversos elementos que o caracterizam já se faziam presentes. Do ponto de vida político, é a fase final do processo de formação das Monarquias Nacionais, quando o processo de centralização assume sua forma mais radical com o absolutismo monárquico. No plano social ocorre a ascensão da burguesia e a crescente urbanização. Nesse passo, a cultura e a religião também se transformam (Renascença e Reformas, respectivamente).

No século XIII, em função do Renascimento Comercial e Urbano, iniciado em séculos anteriores com as Cruzadas, encontramos uma intensa atividade mercantil marcada por fortes contatos com o Oriente e que tinha como eixo principal o Mediterrâneo, transformado num verdadeiro “lago italiano”. Disso resultou a importância das cidades italianas como Veneza e Gênova. Em terra, as rotas de mercadores cortavam o continente em várias direções, sendo pontuadas pelas movimentadas feiras de comércio. As populações urbanas iam crescendo e a cidade, especializando sua produção para mercado e transações comerciais. No século XIV, esse quadro se inverteu. A Europa foi assolada pela fome, pestes e guerras, que acabaram abalando o comércio mediterrâneo, que ficou estagnado até o início do século XV. Neste último século, a situação do comércio e da burguesia era crítica, tornando-se vital, portanto, a reativação do comércio com as regiões orientais, vista como a única forma de recuperar a economia mercantil.

O expansionismo europeu que assinala o início dos Tempos Modernos resultou de transformações e necessidades que marcaram o fim da Idade Média europeia. No plano econômico, a Expansão Marítima deve ser entendida como saída para a superação das crises, o que se daria através