Exilio do sagrado

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Retomando sua análise de como a religião foi relegada a segundo plano no transcurso da história, o autor demonstra como ocorreu o exílio do sagrado. Na Idade Média os símbolos haviam alcançado tamanha importância na vida dos homens, a ponto destes não mais os discernirem da realidade concreta, o que ocorrera fora um fusão entre a visão de mundo dos hebreus e cristãos com as dos gregos e romanos.
Deus era o tema central na vida social e particular, os símbolos tinham a solidez das montanhas, uma civilização construída sobre as teias da fantasia mantinha-se por séculos, mas os homens começaram a fazer coisas não previstas no receituário religioso, faziam parte de uma classe intermediária na estrutura social: a burguesia. Desta classe surgiu uma nova atividade econômica que corroeu as coisas e os símbolos do mundo medieval. Apresentava uma nova visão de mundo baseada na utilidade, que só reconhece o lucro.
A condenação do sagrado era exigida pelos interesses da burguesia, a religião representava o passado e a ciência , por sua vez, alinhava-se ao lado dos vitoriosos, por isso: a ciência era a verdade. A ciência exigia a submissão do pensamento, a rigorosa objetividade, a subordinação do pensamento ao dado, portanto, a religião passa a ser taxada de discurso desprovido de sentido e o passado medieval de Idade das Trevas.Deus como dizia Rickert foi “confinado aos céus” e à religião foi dada somente a administração do mundo invisível, mas os homens ainda tinham alma e o sagrado sobreviveu como religião dos oprimidos. A cosmovisão do povo na Idade Média era enriquecida pelo significação que se dava as coisas, estudava-se o universo e as coisas buscando entender seu significado, no entanto, ressalta o autor: o avanço científico surge à partir do momento em que a ênfase é dada ao que as coisas são de fato.
Ao afirmar que o discurso religioso é desprovido de sentido, os empiristas ignoraram a religião como coisa social e se concentraram nos enunciados que aparecem junto a

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