Exercício físico e o crescimento longitudinal de crianças e adolescentes
Crescimento e Desenvolvimento Humano – DEF5892
Antônio Levi Gall dos Santos
O exercício físico potencializa ou compromete o crescimento longitudinal de crianças e adolescentes? Mito ou verdade?
Após realizar a leitura do artigo de revisão “O exercício físico potencializa ou compromete o crescimento longitudinal de crianças e adolescentes? Mito ou verdade?” de Carla Cristiane da Silva, Tamara Beres Lederer Goldberg, Altamir dos Santos Teixeira e Inara Marques, publicado na Revista Brasileira de Medicina do Esporte no ano de 2004, foi possível responder a pergunta do título, concluindo que o exercício físico, quando realizado adequadamente, quanto ao volume e intensidade, principalmente no número de horas por dia e número de vezes por semana, não prejudica de maneira alguma no crescimento longitudinal de crianças e adolescentes, e ainda potencializa a densidade óssea durante estes períodos. Contudo, quando realizados de forma inadequada, com alta intensidade, grande volume de treinamento, associado a uma dieta hipocalórica e um stress psicológico decorrente de competições, pode-se notar uma diferença no metabolismo dos indivíduos, ocorrendo uma elevação de marcadores inflamatórios e uma baixa produção do principal fator de crescimento, IGF-1, ocorrendo, desta maneira, um défcit no crescimento.
Os autores mostram que não há diferença no tipo de esporte praticado, mas, novamente, na intensidade e volume dos exercícios. O fato de alguns esportes, como a ginástica olímpica, possuírem atletas de baixa estatura ocorre porque eles tem vantagem na execução dos exercícios, a seleção natural do esporte faz com que estes atletas (mais baixos) se mantenham na modalidade até o alto nível, não significa que a ginástica olímpica os torna baixos, a não ser que sejam efetuados treinamentos muito intensos. Tem sido sugerido por alguns autores, uma carga horária esportiva de no máximo 18 horas semanais para jovens no período de