Exegese

SÍNTESE
O CÂNON DO NOVO TESTAMENTO
Assim como o Cânon do AT teve sua complexidade para ser formado, o Cânon do NT não foi diferente. Só estudando cada período poderemos ter uma noção da dificuldade que foi para reuni-los e obter reconhecimento oficial.
O PERÍODO DA ERA APOSTOLOLICA
Nesse período já se tem noticias que as cartas de Paulo eram lidas e interpretadas como livros inspirados no mesmo nível das outras Escrituras, bem como o Evangelho de Lucas. Os escritos apostólicos nesse período são destinados as Igrejas locais para combater problemas particulares, outros ainda com destinação mais vasta e até os quatro Evangelhos tinham no inicio uma destinação particular. Isso nos levar a compreender que no inicio as Igrejas locais dispunham de uma coleção incompleta de escritos sagrados, depois as cartas de Paulo ganham importância; os Evangelhos ganham importância singular porque provinham dos apóstolos ou de pessoas ligadas a eles.
A TRADIÇÃO PÓS-APOSTÓLICA E O CANON DO NT
Com o tempo foi preciso fazer uma distinção, ou melhor, aparecer à distinção para indicar a divisão entre os escritos sagrados mais antigos e os mais novos. Justino no sec. II é o primeiro apontar tal distinção fazendo aparecer o conceito de NT. Mas é com Militão de Sardes que aparece claramente o termo Novo Testamento e é Tertuliano quem primeiro usa essa expressão. Nesse mesmo período aparece a lista de livros do NT no fragmento Muratoriano e em Orígenes.
Nesse período não se tem ainda uma lista definitiva dos livros que formam o Cânon, pois nem nenhum autor cita todos os livros e todos chegam a não citarem certos escritos, pois implicam na aceitação de um livro como inspirado. A lista considerada mais antiga é o celebre Fragmento Muratoriano. Só com as listas de Atanásio, Agostinho, e dos concílios de Hipona e Cartago que se tem um acordo sobre o assunto, que depois será retomado pelo Concilio de Florença e definido pelo Tridentino. Na Igreja Siríaca e Antioquena o caso é particular.