Exclusão/inclusão social na terceira idade

REFERENCIAL TEÓRICO

O conceito de lazer foi muito estudado e somente durante o final do século passado que se obtiveram os primeiros conceitos sobre o assunto. Dentre os mais conhecidos estudiosos podemos citar Joffre Dumazedier que foi um dos responsáveis por difundir o conceito do lazer durante o final do século XX, esse em âmbito internacional. No Brasil temos Nelson Marcellino falando sobre o respectivo assunto.
Gomes (2004) em seu trabalho sobre a ocorrência histórica do lazer relata um pouco da trajetória do lazer no âmbito histórico-social, e logo no início já faz uma indagação se o lazer sempre existiu ou é um fenômeno proveniente pós-revolução industrial, em que a maior parte dos autores defende que a segunda opção é a mais cabível para se prosseguir com uma discussão, porém a autora não expõe sua opinião, e relata apenas fatos.
Gomes (2004) fez um aprofundamento da importância histórica e influência, principalmente de Dumazedier, no Brasil. Essa trajetória ainda teve o SESC como parceria significativa da difusão do lazer no Brasil. Diz ela que “ [...] as ações do SESC em relação ao lazer se intensificaram a partir da realização, no mesmo ano, do Seminário em São Paulo (1969), da IV Convenção Nacional de Técnicos [...]”.
Outro ponto importante que a autora expõe é quando Dumazedier defende a “Teoria da Decisão”, que, segundo ele, é uma teoria ainda mais geral do que a teoria do lazer. Nela o autor se apoia em três tipos de pensamento, denominado de “pensamento axiológico”: o pensamento do que é desejável, o pensamento do que é possível (teleológico) e o pensamento do que é provável, ou probabilístico (DUMAZEDIER, 1975, apud GOMES, 2004).
Já numa outra discussão que também é relevante, mas que foge da perspectiva histórica e social do lazer, foi uma iniciada por Werneck (2003) afirmando que o lazer tem uma proximidade com a ludicidade, quando diz que “de acordo com a nossa compreensão, o lazer é um artefato cultural, construído pelos sujeitos a