Evolução histórica da odontologia no Brasil
1.1 Linhas Gerais.
Existem relatos do exercício da Odontologia desde os tempos mais remotos.
No Egito antigo, na Fenícia e na Mesopotâmia já se desenrolavam técnicas que abrangiam tratamento dentário por pessoas que possuíam habilidades para este fim.
O Código de Hamurabi, um dos mais antigos documentos jurídicos conhecidos, em seu Capítulo XI, cominava para aqueles que não alcançavam êxito em suas técnicas de tratamento: “Art. 200. Se um homem arrancou um dente de outro homem livre igual a ele, arrancarão o seu dente”. “Art. 201. Se ele arrancou o dente de um homem vulgar pagará um terço de uma mina de prata”.
No mundo clássico, a Grécia teve estudos concernentes à saúde, atribuídos a Hipócrates, abordando inclusive o desenvolvimento dos dentes e tratamento de doenças dentárias.
Em Roma, a Odontologia era tida como um ramo da Medicina e não se fazia distinção alguma entre doenças da boca e dos dentes e doenças que afetavam outras partes do corpo. Não obstante, os romanos tinham habilidades para o tratamento de cáries com restaurações, extração de dentes, e, nomeadamente, a higiene bucal.
Por sua vez, na Europa da Idade Média, cirurgiões barbeiros se especializaram no tratamento dentário de um modo totalmente empírico, com o Método Tentativa-Erro.
No tocante ao Brasil, os primórdios da Odontologia nos remetem ao período anterior à própria chegada em nosso país do fidalgo e navegador português Pedro Álvares Cabral (Belmonte, 1467 ou 1468 - Santarém, 1520 ou 1526) em 22 de abril de 1500, comandante da segunda viagem marítima da Europa à Índia, na qual se descobriu o Brasil.
Documentos da época sinalizam que os nossos povos indígenas já realizavam tratamentos dentários quando o país foi descoberto e que eles tinham bons dentes.
A Carta de Pero Vaz de Caminha relata habitantes com bons rostos, o que pode ser um indicativo de dentes sadios e bonitos. Crânios encontrados em Lagoa Santa (MG), em regiões