Evolução do conceito de Família
O vínculo afetivo não era primordial na humanidade. Ao longo da história, o instituto familiar sofreu um largo processo até chegar ao atual conceito de sócio afetividade. Conforme Preleciona José de Oliveira Ascensão, a realização do homem só se consegue por meio do convívio com os outros, de maneira que a família é a primeira comunidade em que naturalmente se integra. (ASCENSÃO, v.I, p.22, apud, GAGLIANO, 2013, p.37)
Para compreender efetivamente o significado da família na contemporaneidade, faz-se necessário, primeiramente, contextualizarmos historicamente a comunidade existencial humana denominada de família. (GAGLIANO, 2013, p. 45).
Dúvida inexiste de que a família, na história dos agrupamentos humanos, é o que precede a todos os demais, como fenômeno biológico e como fenômeno social, motivo pelo qual é preciso compreendê-la por diferentes ângulos (perspectivas científicas), numa espécie de “paleontologia social” (FARIAS 2013, p. 38).
Percebe-se, portanto, que desde as primeiras civilizações o ser humano procura a constituição de uma figura familiar, formando-se agrupamentos sob diversas finalidades e formas. É inegável que a multiplicidade e variedade de fatores não permitem fixar um modelo familiar uniforme, sendo mister compreender a família de acordo com os movimentos que constituem as relações sociais ao longo do tempo (FARIAS, 2013, p. 39)
No inicio, as relações dentro do núcleo familiar não seguiam um modelo único, de modo que, historicamente, houve a existência de endogamia, exogamia e poligamia nos grupos sociais mais primitivos.
No entanto, a monogamia surge como modelo inovador, onde a exclusividade nas relações sexuais transforma a família em um instituto social. Porém, além da monogamia, ainda há poligamia no Oriente e a poliandria em povos na Índia e no Tibet. (GAGLIANO, 2013, p. 48).
Em obra fundamental para a compreensão da Família como um instituto, observa Friedrich Engels:
O estudo da