Evolução da agricultura

Por conta do grande aumento do uso de máquinas na produção agrícola, a agricultura passou a ser uma “indústria” um negócio que visa apenas o lucro, por consequência, a preocupação com a qualidade nutricional já não está mais em foco. Para uma produção mais rápida, que gera mais lucros, o uso de fertilizantes e agrotóxicos tornou-se comum, utilizando como pretexto a fome e a desnutrição, que teoricamente desapareceriam se a oferta de alimentos aumentasse. A baixa qualidade dos alimentos também foi causada pela substituição da produção de subsistência por uma produção de monocultura, que além disso, causou também o êxodo rural, já que as famílias não produziam mais o suficiente para o seu próprio consumo e as que optaram por essa monocultura acabaram causando a devastação de florestas, erosão dos solos e a contaminação das águas, para produzir mais e gerar mais renda para o seu sustento. O cenário da agricultura torna-se pouco animador, pois com o avanço tecnológico a alimentação foi modificada, é cada vez menos variada por conta dos modelos hegemônicos e do sistema alimentar adotado. A indústria que a agricultura se tornou é responsável por um modelo insustentável de produção, que gerou a insegurança alimentar e o aumento de doenças como a obesidade e o câncer causado pelo grande consumo de agrotóxicos.
Carlos Petrini, o criador o slow food, sugere a rejeição do sistema, isso é, desindustrializar a agricultura, é assim que ele apresenta o novo consumidor, chamado de copordutor, isto é, o consumidor voltado para mudar o sistema agroalimentar, a partir do conhecimento da cadeia produtiva, acompanhando e até influenciando no processo, dessa maneira o mesmo passa a não ser atraído somente por preços baixos na hora da compra, ele se questiona quanto a procedência, a maneira como a natureza e a biodiversidade foram afetadas, o método de produção utilizado, o transporte, o agricultor e o seu trabalho, no caso, se foram valorizados e receberam o valor devido pelo seu