Evolução do pensamento administrativo

UMA EMPRESA AFUNDADA

Em janeiro de 1974, a DuPont Walston encerrou suas atividades. Essa corretora de Wall Street tinha antes 138 escritórios. Após uma fusão, foi incorporada por H. Ross Perot, graduado em uma academia naval e multimilionário da área de processamento de dados.
No dia seguinte ao da fusão, todos os funcionários homens receberam ordens de cortar o cabelo bem curto, usar ternos escuros e gravatas discretas.
Não era tolerada nenhuma dissidência: 8 diretores que se opuseram à incorporação; quase todos os funcionários de pesquisa e de algumas áreas de vendas; todos os que expressaram desagrado e até os que faziam sugestões foram demitidos.
Os funcionários foram informados de que deveriam esquecer os pequenos investidores e ir atrás de presidentes de empresas e grandes investidores.
Foi lançado um programa de treinamento que incluía ensinar os funcionários a dormir. A firma forçou os trainees a assinarem uma declaração, segundo a qual, devolveriam parte do custo do treinamento se pedissem demissão nos próximos três anos, ou seja, o trainee que se demitisse logo depois de formado deveria 25 mil dólares à organização. Os que se recusaram a assinar foram demitidos.
Os funcionários recebiam telefonemas fora do horário de expediente, pedindo que se apresentassem imediatamente no trabalho, e, ao chegarem lá, era para fazer algo trivial.
Isto teve um basta quando as esposas começaram a reclamar. Os funcionários reclamavam que estavam sendo tratados como calouros da academia naval. Finalmente, teve início um êxodo geral. Em maio de 1973, o gerente da filial de Decatur, Illinois, mais os 10 vendedores e três operadores demitiram-se para abrir uma firma concorrente. Em Hartford, 14 funcionários se demitiram depois que um novo gerente assumiu.
A firma estava perdendo dinheiro cada vez mais rápido, até que, finalmente depois de uma demorada discussão no fim de janeiro, os diretores votaram pela saída do mercado.

Fonte: The Wall Street Journal, Dow