eutanasia

2433 palavras 10 páginas
Até onde prolongar a vida

Como médicos e familiares decidem se devem ou não suspender os chamados tratamentos fúteis, que apenas mantêm vivos doentes para os quais não há esperança de cura

Diogo Schelp

Fotos Antonio Milena

"Era preciso decidir se ela iria para o respirador artificial"

Leia o depoimento de Rosane Teixeira

Acesso rápido Capas de VEJA
2000 | 2001 | 2002 Veja também Máquinas contra a morte Outros depoimentos de pessoas que enfrentaram a mesma situa��o
A prática da eutanásia – agir para apressar o fim de quem está morrendo – pode ser considerada homicídio simples e passível de pena de até vinte anos de prisão. A esmagadora maioria dos médicos é contra essa atitude, e os familiares de doentes terminais, mesmo que cogitem praticá-la, muito raramente têm coragem de fazê-lo. Há um outro mecanismo, porém, que pode ser usado para encerrar mais rapidamente a agonia de muitos pacientes terminais. Trata-se da retirada de equipamentos ou medicações que servem exclusivamente para o prolongamento da vida de uma pessoa com o quadro clínico considerado irreversível. Essa possibilidade apresenta-se rotineiramente a familiares de doentes terminais ou vítimas de acidentes e aos médicos intensivistas, que trabalham nas unidades de terapia intensiva. Ao contrário do que acontece diante da hipótese de praticar a eutanásia, ocorre com certa freqüência a decisão de se retirar esses chamados suportes de vida, deixando que a natureza cumpra seu curso. Há muitas razões para justificar essa decisão. A mais comum é que se quer abreviar o sofrimento daquele doente. Outra é que a própria família já não agüenta o padecimento. Mas há também razões práticas, como a necessidade de abrir vaga na UTI para alguém que tenha mais chances de sobreviver ou a falta de cobertura de um plano de saúde.

Um médico intensivista com mais de quinze anos de experiência, coordenador da UTI num grande hospital, conta que há bem pouco tempo estava com todas

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