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Manuel Bandeira O habitante Pasárgada

História de vida – Manuel Carneiro de Sousa Bandeira Filho nasceu em Recife (1886-1968). Contraindo tuberculose, que, na época, era uma doença fatal, foi tratar-se na Suíça em 1912, o que o pôs em contato com vários escritores franceses pós-simbolistas. Regressou logo, pois estava começando a Primeira Guerra Mundial. Bandeira também trabalhou como professor durante algum tempo, mas dedicou a maior parte de sua vida aos livros. Além de escrever poesia, organizou diversas obras e antologias.
Trajetória Poética – Iniciou sua trajetória literária influenciado pelos Simbolismo e pelo Parnasianismo, com o livro A Cinza das Horas. Em seguia, passou a abraçar uma postura mais inovadora, no entanto, não participou da Semana de Arte moderna de 1922 porque não concordava com as violentas críticas que os modernistas faziam. Entre seus principais temas, podemos citar: tom confessional; valorização do cotidiano; temática do desejo insatisfeito; simplicidade expressiva (coloquialismo).
Principais Obras – Poesia a Cinza das Horas, Carnaval, Belo-Belo, Versos de Natal, Porquinho- da- Índia, Vou-me Embora pra Pasárgada, Prosa, Crônicas da Província do Brasil, Guia de Ouro Preto, Flauta de Papel, Andorinha, Andorinha de Poetas e de Poesia.
Conclusão – ‘Sei, por experiência, que no Brasil todo sujeito inteligente acaba gostando de mim’. Por que ler Manuel Bandeira? Porque sua poesia, ao contrario de tantas outras, é simples de ser compreendida, possui um humor que desarma o trágico e se atualiza a cada dia. Manuel Bandeira foi um grande nome do modernismo brasileiro, outro que também tirou a poesia de um limbo preciosista. Como aconteceu com a maioria dos poetas, muitos versos de Bandeira saíram das páginas de seus livros para se tornar palavra viva.

[...] Vou-me embora pra Pasárgada
Vou-me embora pra Pasárgada
Aqui eu não sou feliz
Lá a existência é uma aventura