Etnografia Pacientes de Hemodiálise - Antropologia Cultural
Trabalho Etnográfico junto a um grupo de pacientes renais crônicos em tratamento de hemodiálise.
Local: Hospital da Associação dos Funcionários Públicos do Estado do Espírito Santo.
Data: 12/11/2014
Relatório de campo:
O tratamento de hemodiálise que ocorre nas dependências do Hospital da Associação dos Funcionários Públicos do Estado do Espírito Santo (AFPES) é terceirizado e acolhe pacientes com Insuficiência Renal Crônica (IRC) oriundos do Sistema Único de Saúde (SUS).
O tratamento é realizado por turnos. Grupos em torno de 30 pacientes se alternam em três turnos diários. O grupo no qual fizemos nossa abordagem de campo para o trabalho etnográfico cumpre o primeiro turno (de 9:00hs à 13:00hs) todas as segundas, quartas e sextas-feiras. Esse grupo é assistido há dezenove anos (desde 1995) pelo “Programa Portas – apoio psicológico ao paciente renal crônico”. Trata-se de um Programa de Extensão vinculado ao Departamento de Psicologia da UFES e integrado à equipe de Enfermagem de Nefrologia da AFPES.
Fizemos contato com a Psicóloga que coordena o Programa, Kathy Amorim Marcondes, através de uma extensionista, Charleni Andrade Lopes. Recebemos autorização para realizarmos as visitas ao Hospital. Fomos orientados a dividirmos o grupo e realizarmos visitas em separado, para evitar que um grande número de alunos (5) pudesse interferir no bom andamento dos trabalhos desenvolvidos pela equipe de enfermagem que circula continuamente entre os pacientes que estão conectados às máquinas de hemodiálise.
A própria extensionista, Charleni, foi quem nos acompanhou em todo o percurso de visita. Quando chegamos à enfermaria todos os pacientes daquele turno já estavam conectados às máquinas. Notamos que há uma circulação constante da equipe de enfermagem no recinto. Os profissionais deslocam-se constantemente entre os pacientes monitorando os vários mecanismos das máquinas de hemodiálise. Essas máquinas emitem ruídos, sinais luminosos e numéricos através de