ETNOGRAFIA DISSONANTE DOS TRIBUNAIS DO JÚRI ANA LÚCIA PASTORE SCHRITZMEYER

1796 palavras 8 páginas
ANTROPOLOGIA DO DIREITO
RESENHA CRÍTICA: ETNOGRAFIA DISSONANTE DOS TRIBUNAIS DO JÚRI
ANA LÚCIA PASTORE SCHRITZMEYER

FIO CONDUTOR
Nesse início de texto, a autora apresentou um quadro sobre as opiniões a favor e contra os Tribunais do Júri. Neste momento ainda não tenho opinião formada (se prefiro ou não o Tribunal do Júri), mas penso que sentimentos, “pré-conceitos” e ausência de esclarecimento jurídico das pessoas que compõe o Júri podem sim influenciar na decisão final do julgamento.
Na leitura desta parte, passei a refletir se em algum momento desde o início da criação do Tribunal do Júri (1832 – conforme estudado em História do Direito), pessoas foram condenadas equivocadamente e qual o papel da ciência e da tecnologia que não foram eficazes para tentar impedir esses erros. Talvez existam outros aspectos que levem as pessoas a serem condenadas de forma equivocada e pode ser que a autora trate desse tema ao longo do texto.
O texto tem uma proposta muito interessante de tentar captar / etnografar o fluxo de sensações, atitudes, posicionamentos dos participantes (jurados, operadores do direito, juízes e réus) e o possível potencial transformador dessa situação na consciência individual deles.
O argumento do trabalho é uma proposta do autor Geertz, que por sinal explica muito bem o que é o ponto central da Antropologia Jurídica, sendo que essa ciência visa interpretar tanto o raciocínio jurídico quanto as descobertas antropológicas estabelecendo uma forma de inter-relação entre esses dois pontos.

OBRAS IMAGINATIVAS
A autora relata que os Tribunais de Júri possuem um caráter pedagógico (espécie de educação sentimental), pois nas sessões tanto o advogado de defesa quanto o promotor realizam explanações que absorvidas pelo júri, aliadas à sua própria “estória” de vida produzirão resultados difíceis de serem mensurados.
Entendi que a consciência do eu em relação à situação vivida e as assimilações do grupo são aspectos intangíveis da natureza humana, ou seja, aquilo

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