Etnocentrismo

Etnocentrismo
Etnocentrismo é um conceito advindo da Antropologia, no qual o indivíduo considera o seu grupo étnico ou a cultural em que está inserido como o centro de tudo. Ou seja, que as normas e valores da sua própria cultura são melhores e superiores as demais culturas. Nascendo assim o preconceito, desrespeito e intolerância com aquele que seja considerado diferente.
No caso Gilda que foi utilizado como base para o trabalho, pode-se verificar uma visão etnocêntrica dos imigrantes alemães na colonização do sul, especificamente na região do Vale do Itajaí, Blumenau. Gilda que era uma brasileira branca de origem europeia, acabou sendo denominada por eles como "cabocla", definição essa dada para aqueles que eram gerados pela miscigenação do branco mais o índio. Mas para os alemães, caboclo era o qual não era alemão nem de origem alemã.
Gilda acabou se casando com um rapaz de descendência alemã, constantemente tendo de provar ser ela tão boa ou melhor que os alemães, para, de alguma forma, diminuir a rejeição onde vivia. Mais tarde seus filhos eram tratados como "tadinhos" por suas cunhadas, adjetivo esse por se tratar de uma criança mestiça, portanto de qualidade inferior, filhos de uma cabocla. Ela também não podia falar a sua língua, na maioria das vezes era censurada, pois somente o alemão poderia ser falado.
Portanto, conclui-se que essa visão etnocêntrica foi constante na colonização do Brasil, europeus que adentravam o país se considerando superior a cultura que já existia aqui, e principalmente os alemães tentaram evitar ao máximo o caldeamento da sua cultura, querendo que a mesma se mantivesse integra, sem nenhum resquício de mudança. Por fim o etnocentrismo é a dificuldade de pensar a diferença, de ver o mundo com os olhos dos outros.