ETNOCENTRISMO

573 palavras 3 páginas
A idéia de raça depende do conceito biológico de espécie, mais exatamente de herança genética, verificada em animais e plantas, mas que se aplica de modo igual aos seres humanos, uma vez que os grupos procuram, por exemplo, regular o acasalamento dos indivíduos e, de muitas maneiras, selecionar os pais. Todos os seres humanos pertencem a uma só espécie, Homo sapiens, no interior da qual existem, no entanto, diversas variações (polimorfismo) em termos de cor, diferentes padrões ou características físicas. Boa parte dos cientistas rejeita o conceito de raça, recusando-se a admitir que, no caso da espécie humana, possa existir agrupamento, tipos biológicos distintos, de acordo com uma classificação

baseada em diferenças transmitidas geneticamente. Na verdade, esses cientistas estão preocupados com outra coisa, o racismo, antagonismo entre grupos cujas diferenças polimórficas e de interação simbólica são extremamente óbvias — diferenças que nos separam em termos de idioma (raça definida segundo uma língua ancestral), nação (por exemplo, raça brasileira) e religião (por exemplo, raça muçulmana), todas sem sentido do ponto de vista biológico, o que não quer dizer todavia que sejam cientificamente inviáveis.

O racismo é, certamente, uma idéia moderna, que congrega não apenas pervertidos e ignorantes mas também aristocratas — como o conde Joseph-Arthur de Gobineau (1816-1882), cujo pensamento contribuiu para sistematizar a ideologia racista. Esse nobre francês, diplomata que serviu no Rio de Janeiro, achava que de todas as raças a branca era superior e, dentre o grupos raciais brancos, os mais civilizados eram os povos de língua indo-européia, os arianos. Superioridade, para ele, era sinônimo de “pureza”, isenção de qualquer contato e influência da parte de negros ou amarelos — principalmente do ponto de vista genético, pois a miscigenação acarretaria perda de vitalidade e criatividade e aumento de corrupção e imoralidade.

Com Houston Chamberlain (1855-1927), um

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