Etica em atendimento de psicologia

477 palavras 2 páginas
ÉTICA

XPTO, 20 anos, estudante universitário, vive com os pais. Veio à consulta por se encontrar “deprimido, desde que rompeu a sua relação amorosa”. Diz que sente “vontade de desaparecer”.
Discurso orientado mas apático. Sintomatologia depressiva acentuada.
Tem respeitado a marcação de consultas.
Na mais recente consulta, diz que decidiu acabar com a vida.

Em concordância com a análise do cliente no seu geral e do seu grau de fragilidade, equaciono informar a mãe, com quem XPTO tem uma relação mais próxima.
Essa hipótese vai contra o princípio do respeito pela dignidade e direitos da pessoa e especificamente em desacordo com o direito à privacidade/confidencialidade, no sentido em que tal opção pressupõe a quebra da confidencialidade, assumida no início do contrato.
O meu dever é para com o cliente e para as suas opções, enquanto ser adulto e racional, respeitar como confidenciais todas as informações partilhadas em consultório.
Linearmente, o cliente está a definir uma intencionalidade relativa à sua própria vida, no uso das suas faculdades cognitivas, que no seu entender é uma opção com objectivo do bem-estar, terminar uma situação que causa dor.
Questões a ter em conta:
É uma situação de perigo ou de risco? Analisada a situação em diferentes parâmetros, concluo que a conjuntura é de perigo.

E quanto ao princípio da Beneficiência?
A minha decisão vai estar de acordo com o postulado deste ponto?

O psicólogo deve ter sempre em vista o melhor interesse do cliente, calculando com rigor se a relação custo/benefício é positiva para o cliente.
Neste caso concreto, socorri-me da cientificidade de base da profissão para determinar a minha resolução visto que, e por muito que se considere efectiva a premência do suicídio, a ciência psicológica diz que essas situações são maioritariamente reversíveis.
A quebra de confidencialidade pode ter como consequência a cisão da relação terapêutica, única situação em que posso auxiliar o sujeito. No

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