Etica copeliana

Camila Oliveira Fittipaldi
Universidade Federal de Pernambuco – Licenciatura em Teatro
Tópicos de Teatro – Rodrigo Dourado

Formação e Resistência: Vestígios da Ética Copeliana no Teatro de Grupo.
José Ronaldo Faleiro, Naiara Alice Bertoli, Gabriela Corrêa Gianette

Para Jacques Copeau, a arte teatral só alcançaria uma verdadeira renovação a partir de uma nova humanidade de atores. A mudança primeira estava na própria relação ética entre os atores. Refletindo sobre as ideias de Copeau e como elas funcionariam de modo integrado chega-se ao Teatro de Grupo, no qual o coletivo cria um ambiente adequado a uma pesquisa aprofundada dos atores. Copeau “acreditava que a renovação do teatro estava pautada principalmente no advento de um novo ator”. “Seria uma formação em que o ator, através do estudo, deveria primeiramente voltar-se para si mesmo, conhecer-se”. Pretendia um treinamento que ultrapassasse as técnicas e focasse na renovação do ator. “Para que os atores conseguissem atingir essa renovação, para que os seus ideais, anseios e sonhos pudessem permear o fazer teatral, era necessário que trabalhassem em um grupo em que se identificassem como indivíduos, formando uma unidade na forma de pensar e trabalhar”. “A contribuição mais profunda de Copeau na arte teatral teria sido, portanto, haver pensado na humidade do ator, e diante disso, na criação de relações éticas dentro do grupo de trabalho.” Copeau pressupunha uma obra a longo prazo, com espação para a formação dos atores, o que era impossível com a rapidez das montagens que aconteciam. Também criticava as vanguardas, que esqueciam a necessidade de uma busca sincera e profunda. “Nas pesquisas em que o trabalho do ator passou a ser o principal construtor da cena, outros procedimentos e formas começaram a reger o trabalho teatral.” “Grupos surgem com a proposta de criar um mecanismo administrativo e criativo apoiado na coletividade, como forma de contestação: ‘O ator que, de maneira geral, ocupava o papel do