Estudp Sobre O Envelhecimento Em Portugal

Actas dos ateliers do Vº Congresso Português de Sociologia
Sociedades Contemporâneas: Reflexividade e Acção
Atelier: Modernidade, Incerteza e Risco

“Estudo sobre o envelhecimento em Portugal:
Resultados preliminares”
Maria Ester VAZ 1 , Luisa Ferreira da Silva, Fátima Alves, Cristina Vieira,
Tânia Silva, Fátima Sousa, Aleksandra Berg, Clementina Braga,
Maria José Guerra e Rudy Van Den Hoven
A melhoria das condições de vida contribui para o aumento da longevidade o que, grosso modo, é vivido com uma esperança de vida longa e com bem-estar. De acordo com os registos das últimas décadas, em 1960 os homens podiam esperar viver até aos 60,9 anos e as mulheres até aos 66,4 anos, enquanto que em 2002 a esperança média de vida aumenta para
75,5 e 81 anos, respectivamente.
Enquadra-se aqui, o forte abaixamento do número de jovens e, simultaneamente, o crescimento acentuado de pessoas com 65 e mais anos de idade. Comparando os dados dos últimos 30 anos, em 1970, 14.4% da população tinha 60 e mais anos de idade, 9.7% tinha 65 e mais anos e 3.2% tinha 75 e mais anos de idade. Em 1991, as pessoas com 60 e mais anos de idade representavam 19%, as de 65 e mais anos representavam 13.6% e as de 75 e mais anos de idade representavam 5.4%. Em 2001, as pessoas de 65 e mais anos de idade representavam
16.4% e as de 75 e mais anos representavam 5.9% (INE, 2002). Relativamente à população com menos de 15 anos de idade, em 1991 apresentava uma percentagem de 19,7% , em 1997 de
16,8% e em 2001 passou para 16% (INE 2002).
Outro dado significativo do aumento de pessoas envelhecidas ocorre, no período entre
1991 e 1997, em que se regista um aumento de 159 000 pessoas com 65 e mais anos de idade e que, dessas, 14 000 tinham idades de 85 e mais anos (IDS, 1999).
Também em 1997 os dados apontavam para 240 000 pessoas com idades iguais ou superiores a 65 anos, a viver só, representando 2.5% do total da população portuguesa. Destas,
81.9% eram mulheres e 18.1% eram homens.
Os principais factores