Estudo dirigido de epistemologia
Professor: André Brayner de Farias
1) O problema da classificação dos seres humanos como homo sapiens é que dessa maneira parece que apenas nós, humanos, seríamos “donos” do conhecimento, como se o restante das espécies, como cachorros, outros animais e inclusive as plantas, não tivessem conhecimento algum sobre coisa alguma, quando na verdade sabemos que na prática não funciona dessa maneira.
2) Pode-se dizer que o conhecimento do restante dos seres vivos e de nós, homo sapiens, diferencia-se pelo fato de que o nosso saber é inteligente, enquanto o conhecimento do restante das criaturas é instintivo.
3) O conhecimento instintivo é mais primitivo, digamos assim. É aquilo que “nascemos sabendo”. Ninguém ensinou ao cachorro que ele deveria comer grama ao sentir dor de barriga, ele simplesmente sente a dor e come a grama, instintivamente, sem distanciar-se de seu problema para analisar antes de tentar resolvê-lo. O conhecimento inteligente é aquele que nos permite distanciarmo-nos dos nossos problemas, analisa-los e resolvê-los da forma como acharmos melhor; é a liberdade de solucionar os problemas do nosso jeito.
4) Símbolos são objetos de cultura, são formas de conhecimento e tem função de indicar um objeto e mediar a comunicação. O sinal da cruz, por exemplo, é um símbolo dentro da religião católica na medida em que assume forma de linguagem, é uma comunicação cultural compartilhada entre os que fazem parte dessa religião. Todos os adeptos, ao verem outra pessoa fazendo o sinal da cruz, sabem o que isso significa, que faz parte da cultura e que tornou-se um conhecimento com o passar dos anos e ainda é verdadeiro.
5) O conhecimento humano é simbólico, pois os símbolos tem origem no intervalo entre o ser que conhece e o objeto a ser conhecido, o intervalo que nos difere do conhecimento instintivo. E esse conhecimento vai mudando conforme mudam as pessoas, as gerações, vão-se