Estudo de caso

Estudo de Caso: Gol Transportes Aéreos: manter ou mudar?[1]

A empresa Gol Transportes Aéreos revolucionou o mercado de transporte aéreo brasileiro utilizando o modelo de tarifas a baixos preços, baixos níveis de serviço e operações com baixos custos. A companhia foi fundada em 2001, ano de fato marcante para o transporte aéreo devido aos ataques de 11 de setembro. Em 2004 a empresa já atingia uma parcela de 24% na participação de mercado e apresentava um faturamento em torno de R$ 1,9 bilhão. No mesmo ano se lançou no mercado internacional, com duas rotas diárias para Buenos Aires e também abriu seu capital na Bolsa de São Paulo e Nova York. Com a trajetória crescente, tanto em termos financeiros quanto em parcela de mercado, no ano de 2005 a diretoria da empresa precisava tomar uma decisão estratégica de avaliar qual a melhor alternativa para o futuro da companhia: manter-se no mercado doméstico brasileiro de baixo custo, eficiência operacional e alta lucratividade ou adotar uma estratégia de crescimento mais agressiva para aproveitar o espaço no mercado ocasionado pela crise da Varig (maior companhia aérea nacional) e o crescimento do mercado aéreo mundial.

▪ A Gol Linhas Aéreas: A empresa posicionou-se no mercado brasileiro com a proposta de “baixo custo = baixa tarifa = baixos serviços”. O que antes era considerado um luxo para a maioria dos brasileiros, viajar de avião passou a ser acessível graças à redução nos preços das passagens aéreas. A estratégia da Gol para reduzir custos foi baseada nas melhores práticas adotadas por outras companhias aéreas mundiais que operam no sistema de baixo custo:

- Utilização eficiente de aeronaves: A Companhia atinge essa alta taxa de utilização de aeronaves devido ao fato de operar uma frota nova que requer tempo de manutenção relativamente menor, o que possibilita que suas aeronaves façam escalas mais rápidas entre vôos.
- Operação de frota homogênea: O fato de ter uma frota