ESTUDO DE CASO USO DE BANHADOS ARTIFICIAIS NO TRATAMENTO DE EFLUENTES NA INDUSTRIA DE LATICINIOS

1 INTRODUÇÃO

A água é um recurso indispensável à vida e ao desenvolvimento das diversas atividades humanas. Na indústria a água é empregada em diferentes etapas do processo industrial, como por exemplo: matéria-prima, em operações de lavagem, sistemas de aquecimento e resfriamento, etc. Estas etapas produzem na água alterações na sua qualidade em relação aos aspectos físico-químicos e microbiológicos, que ao retornar aos corpos hídricos, sob a forma de efluentes, podem causar alterações significativas aos mesmos comprometendo sua qualidade, disponibilidade para o uso e a vida aquática destes corpos hídricos.

A legislação brasileira, por meio da Resolução CONAMA Nº 357/2005 a nível federal, estabelece as condições e padrões de lançamento de efluentes em corpos de água. No Mato Grosso do Sul os padrões de lançamento de efluentes em águas superficiais são estabelecidos pela Resolução CECA Nº 03/1997 a nível estadual.

A primeira etapa nesse processo de gestão dos recursos hídricos deve ser o uso racional da água, visando reduzir o volume de captação e ainda o volume de efluentes gerados. Por fim, a possibilidade de reuso do efluente tratado deve ser considerada, empregando-se tecnologias que viabilizem essa operação.

Os banhados artificiais apresentam-se como sistemas ecológicos atrativos tanto para tratamento de efluentes industriais, como para tratamento de esgotos sanitários. São energeticamente sustentáveis uma vez que utilizam apenas processos naturais para reduzir os poluentes. Possuem a habilidade de reduzir parâmetros como DBO5,20°C, DQO, sólidos suspensos, microorganismos patogênicos, nutrientes e metais pesados (PASTOR et al., 2003), e comparados com os sistemas tradicionais, de tratamento de efluentes atualmente utilizados, requerem menores custos de construção e operação (CHEN et al., 2006). Todavia, a eficiente redução de poluentes em um banhado artificial depende de um correto dimensionamento, construção, operação e manutenção.

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