Estudo comparativo entre a disponibilidade energética do complexo belo monte com a simulação da recomposição de áreas devastadas convertidas em floresta energética nos municípios de: altamira, brasil novo e vitória do xingu

Estudo comparativo entre a disponibilidade energética do Complexo Belo Monte com a simulação da recomposição de áreas devastadas convertidas em floresta energética nos municípios de: Altamira, Brasil Novo e Vitória do Xingu

Admilson Clayton Barbosa1, Juliana Tófano de Campos Lite Tonelli 2
1 - Biólogo, Mestre em Ciências Ambientais, Doutorando em Energia Ambiente e Sociedade UFABC
2 - Eng. Agrícola, Dra Professora da Universidade Federal do ABC

INTRODUÇÃO
O aumento na demanda energética mundial é uma realidade que desperta nos países em desenvolvimento muita atenção e preocupação, no caso do Brasil, dentro das perspectivas de demanda futura de energia, desde a década de 1970 (ELETONORTE, 2009) iniciou prospecções na Bacia Hidrográfica do Rio Xingu com o objetivo de instalar uma das maiores usinas hidrelétricas do Planeta, Complexo hidroenergético Belo Monte, cujo potencial instalado será de 11.000MW. O reservatório terá de 516km² com impactos sociais e ambientais sobre à biodiversidade, com inúmeros conflitos(ELETROBRAS, 2009.
Os três municípios diretamente afetados pelas obras de construção desse complexo são: Altamira, Brasil Novo e Vitória do Xingu, localizados no Estado do Pará, juntos possuem cerca de 150.000 habitantes. A degradação ambiental nessas áreas é bem conhecida pela devastação de florestas nativas, até o ano 2008 somam mais de 10.091 km² de perda, em área da Amazônia Legal (IPAM, 2009).
Segundo Zhouri e Oliveira (2007), diversos são os problemas podem vir a ocorrer nas comunidades afetadas pela implantação de hidrelétricas, somando ao que já foi devastato um expressivo impacto ambiental.
Santos et al. (2005) relatam que em trinta anos a região da Amazônia Legal sofreu desmatamento de mais de 42.160 km². Essa área hoje é reconhecida como uma importante reserva para a produção extrativista de lenha e dos óleos vegetais, já os resíduos dessas atividades são considerados um grande potencial energético na Amazônia, norte do Brasil, que