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Estado Antigo
Os Estados mais antigos relatados pela historia datam mais de 3.000 anos antes da era Cristã; se trata dos grandes impérios que se formaram no Oriente, mais exatamente, na mesopotâmia, banhada pelo o rio Tigre e Eufrates, e no Egito, banhado pelo o Nilo.
Designado de Estado Antigo, Oriental ou Teocrático, os povos do Oriente não tiveram um conceito definido de Estado, sendo assim, não se distinguia o pensamento político da religião, da moral, da filosofia ou das doutrinas econômicas.
O Estado Antigo era de natureza unitária, o que significa que o Estado era único, não admitindo qualquer divisão interior, territorial ou de funções. Essa idéia de natureza unitária permaneceu durante toda a evolução política da Antiguidade. A influência religiosa nessa época era predominante, podendo assim, qualificar o Estado como Estado Teocrático. A relação entre Estado e religião era uma linha tênue, fazendo assim com que a autoridade de seus governantes ou as normas de comportamento pessoal e coletivo viesse da vontade de um poder divino. Entretanto, em alguns casos, o governo é unipessoal, e o governante é um representante do poder divino, sendo até mesmo confundido com a própria entidade, e suas vontades eram sempre semelhantes aos de uma divindade. Assim, o Estado era submetido à um poder superior, tornando-se apenas um objeto. Em outros casos, o poder do governante é limitado pelas vontades da divindade, cujo veiculo é um órgão especial: a classe sacerdotal.
Na Índia, o Estado era teocrático e muito rigoroso. O Bramanismo indiano, com a idéia da desigualdade dos homens, dividiu-os em castas, quais não podia haver interpenetração. A casta privilegiada é a dos Brâmanes, que eram designados por Deus para representá-lo, porem, os Brâmanes se colocam por trás de um rei – cujo poder é absoluto – e este é também um Deus na terra.
Na Pérsia, a situação é semelhante, porém mais atenuada. O governo era estabelecido por Ormuz, o deus do bem, de quem o monarca era