Estudante

Todo solo é constituído por partículas sólidas, líquidas e gasosas, onde a representação mais comum na natureza é o próprio solo com água e ar nos seus espaços intermediários. No ramo da Engenharia Civil, toda obra erguida sobre um solo, requer um estudo minucioso do seu comportamento e suas reações perante tais esforços. Para que esse levantamento tenha os resultados esperados, é importante fazer a sua caracterização da forma correta, e assim garantir a segurança física da obra.
Na presença da umidade o comportamento do solo é bem variado quanto à sua plasticidade, principalmente se ele possuir alta porcentagem de finos, como é o caso dos solos argilosos. Nesses casos, a análise granulométrica não é o suficiente para identificar o tipo de solo e o seu comportamento, se faz necessário também conhecer seus índices de consistência, característica importantíssima presente no solo. A consistência varia conforme a presença de água, e pode tornar o solo mais ou menos resistente, facilitando ou dificultando seu manuseio e tornando mais ou menos eficaz a compactação.
O Engenheiro Químico Atterberg determinou limites que delimitam o intervalo de consistência do solo, tudo baseado na constatação de que o solo argiloso reage com aspectos bem distintos conforme o seu teor de umidade varia. Quando ele está muito úmido se comporta como um líquido, quando muito seco se torna quebradiço, e quando está nas condições ideais de umidade, dentro do índice de plasticidade, se torna plástico. Ou seja, o teor de umidade é responsável pelas mudanças de estado como observado na figura. Os limites são definidos como: Limite de Liquidez (LL) e Limite de Plasticidade (LP) dos solos. O intervalo entre os dois é o Índice de Plasticidade (IP), faixa onde o solo está plástico e na sua melhor forma de manuseio. A correlação desses limites tem grande importância no estudo de solos que irão receber fundações, estradas e estruturas de retenção ou armazenamento de água, tipo barragens.
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