Estudante

Universidade Federal de Juiz de Fora
Instituto de Ciências Humanas
Carolina Magalhães Cruz

Rede

A cada salto de qualidade em matéria de inovação técnica, parece corresponder um revigoramento de interesses pelas redes, e a partir dai um rejuvenescimento teórico-conceitual. Mesmo com a rede já tendo surgido ou sido vislumbrada há muito tempo como ideia, a maior valorização do conceito precisou esperar por um momento histórico em que o tipo de realidade que o conceito recobre se disseminasse ate se tornar onipresente.
Abstratamente, um conjunto estruturado de ligações ou de fluxos, em que os “fios” entre os nós são chamados de arcos e os “nós” são, chamados também de “nós”, contudo isso compondo uma trama integrada é uma rede. “por rede geográfica entendemos ‘ um conjunto de localização geográfica interconectada’ entre si ‘por certo numero de ligações’” (CORRÊIA, 1997d:107).
As ligações podem se referir a fluxo de vários tipos, que articulam e ligam entre si diferentes pontos no espaço geográfico, utilizando-se de vias e canais tangíveis, ou mesmo de fluxos dependentes de fixos, mas não de vias tangíveis.
As redes submersas não apenas são diretamente são visíveis, mas, diferentemente de rede s que gozam de ampla visibilidade ou mesmo de reconhecimento oficial, elas nem se quer são, em geral, percebidas pelo grande publico, ou pela mídia. Ou melhor: pelo menos ate o momento de eclodir um protesto, uma revolta ou um movimento que tem na base, em parte justamente a fermentação sociopolítica estruturada por meios de tais redes.
Não que as redes submersas sejam próprias ou necessariamente clandestinas, muito menos ilegais, como as redes do trafico de drogas ilícitas. O que ocorre é que “habitualmente existem centenas de redes dispersas pela cidade, sem relação entre elas e invisíveis para a sociedade oficial”; tais redes “operam como ‘laboratório culturais’, em que se constroem significados e códigos diferentes dos dominantes’, sendo que, quando os grupos