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Psicologia ambiental: área emergente ou referencial para um futuro sustentável?

PINHEIRO, José Q; GUNTHER, Hartmut; GUZZO, Raquel, S. L. Psicologia ambiental: Porto Alegre: Artmed, 1995. Apresentação

Camila Belz Kruger

Na apresentação da obra citada, os autores destacam a discussão da Psicologia Ambiental como uma área de conhecimento sendo um processo lento, mas com possível avanço através da interlocução entre áreas do conhecimento.
Segundo os autores, a Psicologia Ambiental estuda o homem em seu contexto físico e social, interessando-se pelos efeitos das condições do ambiente sobre os comportamentos individuais tanto quanto como o indivíduo percebe e atua em seu entorno. Os efeitos destes fatores, físicos e sociais, estão associados à percepção que se tem deles, e, neste sentido, estudam-se as interações. Portanto, trata-se de uma posição nova, uma maneira de entender o desenvolvimento humano e social.
Afirmam os autores que as raízes da Psicologia Ambiental são longas e amplas, no que diz respeito a sua extensão em outra área do conhecimento, assim, temas tratando da relação recíproca entre pessoas e ambiente se encontram também em áreas como arquitetura, planejamento urbano, educação ambiental, ergonomia, entre outras.
A despeito disso, as dificuldades envolvidas em se conhecer e relacionar as atividades e produções dessa variedade profissional justificam as discussões sobre o status pouco definido dessa área de conhecimento, que tem se consolidado como uma disciplina específica da Psicologia, ou como um campo de estudos interdisciplinar.
Considerando-se o que os autores expuseram, observo que a Psicologia Ambiental é uma das formas mais consistentes de olhar o mundo e entender o homem. Assim sendo, o profissional da área da psicologia deve se atentar ao valor do conhecimento proporcionado pela mesma no enfrentamento dos graves problemas humano-ambientais e sociais com que nos deparamos.