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Plano Real

Em 28 de fevereiro de 1994, o governo federal anunciou a implantação do Programa de Estabilização Econômica, que ficou conhecido como Plano Real. As medidas tiveram impactos imediatos sobre os índices de inflação e o poder de compra da população.
O Plano Real era a sétima tentativa, desde 1986, de conter a inflação a partir de um pacote de medidas econômicas. Desvinculada da moeda vigente, o cruzeiro real, foi criada a unidade real de valor (URV), que serviria de referência de cálculo para preços e contratos firmados desde sua criação, em 1º de março. Cada URV correspondia a 1 dólar, e o cruzeiro real se desvalorizaria até que entrasse em circulação o real, equivalendo à URV.
A TV Globo acompanhou a implantação do Plano. Os telejornais da emissora exibiram diversas matérias explicando para a população as medidas econômicas . No momento de transição entre as duas moedas, começou a ser usada uma tabela de conversão de valores de difícil compreensão, e o desafio do jornalismo era informar os telespectadores da maneira mais simples possível.
No final do ano de 1993, o governo deu início a um plano econômico com o objetivo de controlar a hiperinflação do país. O presidente Itamar Franco permitiu que o Ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso, conduzisse todo o processo, desde sua idealização até sua execução. Fernando Henrique reuniu vários economistas para elaborar as medidas do governo e as reformas econômicas e monetárias necessárias.
O Plano Real foi então iniciado oficialmente no dia 30 de julho de 1994 através da Medida Provisória n° 434. A medida determinou a Unidade Real de Valor (URV) e culminou com o lançamento do Real como nova moeda. A implantação do Plano Real se deu através de três etapas: equilíbrio das contas públicas, criação da URV e o lançamento do Real. Durante o debate do nome da nova moeda, cogitou-se chama-la de Cristal, Coroa ou Cruzeiro-Cruzado, mas o nome Real vingou pelas possibilidades publicitárias que oferecia.