Estudando para concurso

A Educação como função social (John Dewey, 1959, cap. 2)

Os processos de formação intencionais ou não no qual as crianças são moldadas na sociedade são chamados de educação. Nesses processos objetiva-se que faça parte das experiências dos jovens os interesses, intuitos e idéias correntes no grupo social no qual vivem. Dada a impossibilidade da inserção direta desses elementos na mente dos jovens, o desafio está em descobrir o método pelo qual os mais jovens assimilam os pontos de vista dos mais velhos. Esse método consiste em provocar determinadas reações ou respostas pela ação do meio. O meio faz com que o indivíduo possa reforçar ou remover certas ações com o objetivo de obter êxito em suas relações com os outros. O meio ambiente vai além do meio físico e consiste nas condições que estimulam ou inibem a atividade de um ser humano. Um ser que vive em um ambiente social não pode desenvolver suas ações sem levar em conta a atividade dos outros, as atividades influenciam-se mutuamente. O adestramento por meio do qual se observam modelações do comportamento não é muito diferente do ensino educativo, porque em alguns casos a modificação dos hábitos exteriores precede a modificação da atitude mental correspondente a essa ação. A diferença essencial entre o processo educativo e o adestramento consiste na modificação do impulso originário, em compartilhar as mesmas idéias e não somente uma modificação do ato exterior. A linguagem é o principal meio das pessoas aprenderem as coisas, e daí vem a noção de que o conhecimento pode ser transmitido de uma pessoa a outra. O som de uma palavra só adquire significado quando associado a uma determinada ação compartilhada. Com aquisição de significado ele pode ser usado em combinação com outros sons produzindo novas significações. O meio social determina as atitudes dos indivíduos, e em vista disso podem se dedicar mais à atividades que acarretem determinadas conseqüências. Dessa forma o ambiente exerce uma força