Estruturação do Espaço urbano do Guarujá

Em 1893, foi fundada a “Vila Balneária”, na praia das Pitangueiras, um empreendimento privado da Companhia Prado Chaves, formada por um conjunto de chalés. O local era muito procurado pela elite paulistana, que começava a desfrutar dos banhos de mar, como forma de lazer. Então, iniciou-se a instalação de uma estrada de ferro que ligava o núcleo turístico a uma estação de barcas junto ao Rio do Meio, no Estuário, posteriormente transferida ao Itapema, onde famílias da elite paulista chegavam em barcas que as traziam da Estação do Valongo, em Santos.
A partir dessa instalação foi iniciado o processo de urbanização da Ilha de Santo Amaro, onde se mantêm até hoje as características de ocupação por população flutuante, de renda média a alta, procedente do planalto, alojadas em residências destinadas ao lazer de fins de semana e temporada. A população de trabalhadores portuários começou a instalar-se no Itapema ao identificarem facilidades quanto a transporte e moradia.
O ciclo do café iniciado no século XIX, exigiu a instalação de infraestrutura ferroviária e portuária na margem direita, contribuindo para o processo de expansão urbana do Guarujá.
O Caminho do Mar construído no governo de Washington Luiz exigiu o acesso a Guarujá através do sistema de balsas que ligou a Ilha de Santo Amaro à Ponta da Praia em Santos.
No início dos anos 50 na cidade do Guarujá houve um crescimento tanto demográfico quanto de área construída, dentro das regras do mercado imobiliário formal, ocorrendo uma evolução urbana. As áreas de interesse turístico mantiveram-se nos limites da Praia das Pitangueiras. Já no Itapema, a ocupação gradativa foi realizada dentro dos loteamentos aprovados, pelas famílias dos trabalhadores portuários envolvidos no processo de exportação do café, que foi intenso nas três primeiras décadas do século, até a quebra da bolsa de Nova York, em 1929.
Nessa época o crescimento das classes de baixa renda resultou na expansão urbana do Itapema, que também foi